Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) lançaram dois boletins sobre a incidência de chuvas no país ao longo do ano passado. As informações servirão como fonte de consulta para o planejamento de políticas públicas, ao ajudarem municípios, estados e governo federal na identificação de áreas mais propensas a desastres naturais, como seca, inundações e quedas de barreiras, e o desenvolvimento de ações de prevenção. Os pesquisadores também criaram um aplicativo, para que a população possa saber o quanto choveu em 2020 em sua cidade e a média de cada localidade. Munido dos dados, é possível o usuário se programar para os períodos mais secos, economizando água, e os mais chuvosos, quando os moradores de áreas de risco recebem a recomendação para deixar suas casas em caso de probabilidade de acidentes. Na área de Engenharia, os boletins podem ainda auxiliar em projetos hídricos, como a construção de redes de drenagem.
De acordo com o levantamento que tem como base os dados do Cemaden, o Pará abriga a cidade onde mais choveu em 2020. Já o semiárido da Bahia foi a região em que houve a menor incidência. Enquanto no Pará o índice anual de precipitação de chuva chegou a 3.868 mm, na Bahia o total não passou de 365,8 mm. A média brasileira é de 1.495mm. Os maiores índices de chuva estão concentrados nas regiões Norte e Sudeste, enquanto os menores permanecem no Nordeste. A chuva é medida em milímetros com o uso de um equipamento chamado pluviômetro.
ncia. Enquanto no Pará o índice anual de precipitação de chuva chegou a 3.868 mm, na Bahia o total não passou de 365,8 mm. A média brasileira é de 1.495mm. Os maiores índices de chuva estão concentrados nas regiões Norte e Sudeste, enquanto os menores permanecem no Nordeste. A chuva é medida em milímetros com o uso de um equipamento chamado pluviômetro.
A cidade que mais chove no país, segundo a pesquisa da UFPB, é Belém, capital paraense. O Estado do Rio tem dois municípios em que o guarda-chuva é obrigatório: Nova Friburgo e Petrópolis, na Região Serrana. São Paulo possui outras duas no ranking: Praia Grande e Cubatão, no litoral. Já a Bahia, com Juazeiro, no Vale do São Francisco, e Cafarnaum, Região Centro Norte; Paraíba, com Remígio, no Agreste Paraibano, e Solânea, na Região do São Francisco; e Pernambuco, com Petrolina, também no São Francisco, são os estados em que a chuva é mais rara.
Para desenvolver os boletins, os autores analisaram informações coletadas de satélites e dados de 1.334 estações do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), órgão do governo federal ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e que é responsável pelo monitoramento das áreas de risco suscetíveis a desastres. O monitoramento foi feito ao longo de todo o ano de 2020, e as informações, após dois meses de tabulação, cruzamento de dados e análise, renderam os informativos. O boletim com os dados de satélite foi apresentado pelos pesquisadores nesta semana, enquanto o estudo com as informações do Cemaden foi lançado em abril. As pesquisas avaliaram não só o índice anual, mas também as chuvas diárias e por hora.
Para o professor Cristiano Almeida, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UFPB e coordenador da pesquisa, o relatório com dados do Cemaden pode colaborar com ações de prevenção por parte dos governos municipais, estaduais e federal, além de ser uma fonte de consulta para a população.
— Nosso boletim já era feito com objetivo acadêmico e usado em pesquisas, incluindo acessos de pessoas de outros países. Decidimos, então, levar essas informações para toda a sociedade, com uma linguagem acessível. É um estudo que todos conseguem entender — explica Cristiano Almeida.
Almeida adianta que a proposta é tornar o boletim anual, com o objetivo de servir à prevenção de acidentes naturais. O pesquisador recomenda que, além do acesso às informações, a população use o aplicativo.
Dados do Observatório dos Desastres Naturais, levantamento permanente feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), apontam que, nos últimos dez anos, foram registradas pelo menos 20.347 ocorrências de estiagem, o desastre natural mais comum no país. O total representa 68,7% dos casos de anormalidades reconhecidas por decretos, como o de emergência. Já 6.111 ocorrências foram relacionadas a problemas provocados por chuvas, o equivalente a 30% dos registros.
Ainda de acordo com o Observatório dos Desastres Naturais, entre 2003 e 2018 ocorreram 32.121 desastres naturais no país. Os estados que mais sofreram com a natureza foram a Paraíba, o Rio Grande do Sul, o Ceará e Minas Gerais. De 2012 a 2017, as ocorrências acumularam um prejuízo de R$ 244,9 bilhões e atingiram, de alguma forma, 53,6 mil pessoas. O número representa 25% da população brasileira.
Belém (PA) – 3.868,0 mm
Praia Grande (SP) – 3.251,0 mm
Nova Friburgo (RJ) – 3.185,7 mm
Petrópolis (RJ) – 3.162,6 mm
Cubatão (SP) – 3.149,9 mm
Juazeiro (BA) – 484,4 mm
Cafarnaum (BA) – 486,2 mm
Remígio (PB ) – 477,4 mm
Solânea (PB) – 467,6 mm
Petrolina (PE) – 459,0 mm
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