Editorial: Quem você salvaria?
A pressão arterial está elevada!
Batimentos cardíacos fora de ritmo!
Sistema respiratório em colapso!
Não! Este não é um relato de alguém que atende apenas urgências e emergências. Trata-se da rotina de boa parte dos profissionais de Saúde do Brasil nos últimos meses.
Ao contrário do previsto pelos infectologistas, entramos na terceira onda de infecções, pelo Coronavírus, em menos de um ano. O detalhe é que a cepa do vírus parece ter “reforçado” a transmissibilidade do mesmo, tendo o tornado ainda mais letal.
Mesmo com a chegada das vacinas, à conta gotas diga-se de passagem, o número de cadáveres não diminui e gostem ou não a culpa é nossa! Sim! Somos todos homicidas! Pare e pense. Por mais reservado que você seja, se expôs a alguma forma de infecção nos últimos meses que poderia ter evitado? Pois é, amigo… Para a grande maioria de nós a resposta é sim!
Não conseguimos evitar tais situações. Agora pondere com sua razoável compreensão dos fatos e calcule o número de contaminações que podemos ter causado. Difícil saber, né?
Situação igualmente difícil é a do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, e do governador, João Azevedo. Afinal, Estados e municípios vivem de arrecadação, mas podem se ver obrigados a fechar parte dos serviços, devido ao aumento no número de mortes e colapso esperado na Rede de Saúde. Tragédia provocada por nossa irresponsabilidade no verão! (Sim, poderíamos ter evitado).
Ao que parece o carnaval em Pipa e no Conde foi de fato um sucesso… Agora chegou a conta! A COVID-19 levantou mais uma ONDA de sangue.
Que fazer?
Deixar o povo morrer e não fechar nada?
Salvar vidas e perder empregos?
O que você faria?