PF prende blogueiro bolsonarista por articular ato antidemocrático no 7 de Setembro

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira, 3, o blogueiro bolsonarista Wellington Macedo de Souza no inquérito aberto para investigar a organização de manifestações violentas no feriado de 7 de Setembro.

A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

“A medida, cumprida em Brasília, tem o objetivo de aprofundar investigações em curso nos autos de inquérito que tramita naquela Corte”, informou a Polícia Federal. O Estadão apurou que a PF cumpre diligências na investigação desde quarta-feira, 1º.

O blogueiro já havia sido alvo de buscas no último dia 20 na operação que atingiu o cantor Sérgio Reis (veja abaixo o vídeo gravado por ele após a ação). Ele também teve o canal de YouTube e o perfil no Instagram suspensos na investigação.

Macedo se apresenta nas redes sociais como jornalista e coordenador nacional da Marcha da Família. Entre fevereiro e outubro de 2019 ocupou o cargo de assessor da Diretoria de Promoção e Fortalecimento dos Direitos da Criança e do Adolescente no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Ele foi apontado pela PGR como um dos responsáveis pela divulgação de ‘ato violento e antidemocrático’ previsto para o feriado.

Em seu perfil do Twitter, o único que permanece ativo, chegou a publicar sobre as manifestações do feriado: “Se eles não obedecerem o nosso pedido, a cobra vai fumar”. Em outra postagem recente, em provável referência ao golpe militar de 1964, escreveu: “Após 57 anos, serão derrotados os que se achavam donos do poder. Poder o povo dá. Poder o povo tira, só o povo é o poder.”

Outro alvo da investigação é o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, o ‘Zé Trovão’, que teria incitado seguidores a invadir o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. Ainda de acordo com a investigação, ele vinha convocando a população a ‘praticar atos criminosos e violentos de protesto’ e a exigir ‘a exoneração dos onze ministros do STF’ e o ‘julgamento’, pelo Superior Tribunal Militar, dos ‘crimes que eles cometeram’.

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