Shell acelera busca por emissão zero com estratégia para a Paraíba

Chegar a 2050 com emissão líquida zero de carbono é o objetivo que mobiliza a nova estratégia global da Shell, batizada como Impulsionando o Progresso (Powering Progress, em inglês). O Brasil, onde a companhia está há 108 anos, tem papel-chave nesse compromisso com a transição energética e um desenvolvimento cada vez mais sustentável. 

Upstream, Transição e Crescimento são os pilares que embasam a estratégia, lançada em fevereiro. Atendendo a demanda ainda crescente, a produção de petróleo e gás continua e vai financiar a pesquisa e o desenvolvimento de fontes renováveis.

A Shell trabalha para reduzir as emissões de CO2 em até 8% já em 2023. A estratégia prevê redução de 20% em 2030, 45% em 2035, chegando aos 100% em 2050. Mesmo sendo global, Impulsionando o Progresso considera as diferenças regionais, entendendo que cada país buscará soluções fundamentadas nas matrizes energéticas locais. 

— Entregar valor para acionistas é extremamente importante. Mas, mais do que nunca, a sociedade e nossos clientes estão no centro da missão de emissão líquida zero —  defende André Araujo, presidente da Shell Brasil, lembrando que a meta se adequa às diretrizes do Acordo de Paris, do qual a companhia é signatária.

O executivo acredita na diversificação da matriz, com a participação de diferentes fontes de energia:

— Olhamos com bastante atenção para todas as oportunidades em renováveis e pretendemos aumentar nossos investimentos nessa área. No Brasil, acreditamos também em um caminho positivo para o gás, que é uma fonte de baixa emissão. A Shell Brasil inclusive integra o consórcio da termelétrica Marlim Azul, em Macaé (RJ), que será abastecida com gás natural oriundo do pré-sal. A expectativa é que a unidade comece a operar em 2023. Na atividade de águas profundas, a companhia mobiliza esforços para reduzir sua pegada de carbono.

No contexto da redução de emissões, a atenção da Shell Brasil se volta ainda ao investimento em biocombustíveis, por meio da joint-venture Raízen, maior produtora de etanol do país e uma das maiores do mundo. Também estão no horizonte investimentos em projetos de energia solar em Minas Gerais e na Paraíba, além de soluções baseadas na natureza, como negócios em reflorestamento. A comercialização de energia elétrica, por meio da Shell Energy Brasil, ganha cada vez mais força na companhia.

— Nossa intenção é adaptar e incorporar as metas à nossa linha de negócios, na maior velocidade possível, em linha com os anseios da sociedade — ressalta o presidente da Shell Brasil.

VEM DA GENTE

A Shell Brasil se relaciona com o avanço na produção de energia, mas também com a evolução da sociedade brasileira, nos 108 anos em que a companhia investe no país.  Uma  conexão que se faz presente na campanha Energia que Vem da Gente, lançada em março e protagonizada por histórias reais de funcionários e participantes de projetos sociais da companhia. A série, dividida em três fases, destaca a trajetória de seis pessoas que transformam a companhia e a sociedade.

As histórias que deram largada à campanha, que envolveu 200 pessoas na produção e será divulgada em 25 veículos pelo Brasil, são dos funcionários Leandro Pinheiro, gerente de Contratos de Pesquisa e Desenvolvimento da Shell Brasil, e Bárbara Souza, gerente de Operações no Parque das Conchas, ativo da Shell na Bacia de Campos (RJ).

Bárbara é a primeira mulher brasileira a ocupar o posto, que envolve a gestão de cerca de 70 pessoas na produção de petróleo e gás em águas profundas, com prospecção em profundidades superiores a 1.800 metros. No vídeo da campanha, a carioca fala da importância da diversidade e do mar, que conecta seu trabalho a uma paixão, o surfe.PUBLICIDADE

— Eu me sinto feliz em estar numa empresa onde a liderança feminina é um objetivo. Sei que minha história serve de exemplo. Se ela abrir portas para outras, cumprimos nosso papel — diz a engenheira.

Alexandra Siqueira, gerente de Comunicação Externa da Shell Brasil, explica a escolha de histórias reais:

— Falamos de pessoas que constroem a Shell, que impulsionam não só a empresa, mas o presente e o futuro do país. Por outro lado, de como é importante fomentar um ambiente de diversidade, onde as pessoas possam ser quem são. Só assim elas podem alcançar sua máxima potência

Em sua participação, Leandro Pinheiro aborda os desafios que superou como homem negro para atingir seu potencial, e do esforço de uma avó e da mãe para lhe proporcionar uma boa educação. Formado em Relações Internacionais, o carioca integra a B Power, rede de afinidade pela equidade racial da Shell, que promove ações internas de inclusão e representatividade.

— Estar em uma empresa onde questões como o racismo são debatidas abertamente, onde é possível exercer uma liderança empática, faz a diferença — avalia Leandro, que em seu episódio joga basquete, esporte que o ensinou a valorizar conquistas coletivas.

Na nova campanha da Shell Brasil, Energia que Vem da Gente, o gerente Leandro Pinheiro fala dos desafios para ter sucesso na carreira diante
das barreiras impostas pelo racismo Foto: Divulgação
Na nova campanha da Shell Brasil, Energia que Vem da Gente, o gerente Leandro Pinheiro fala dos desafios para ter sucesso na carreira diante das barreiras impostas pelo racismo Foto: Divulgação

Glauco Paiva, gerente-executivo de Relações Externas da Shell Brasil e patrocinador executivo da B Power, defende a diversidade como um gerador de valor aos negócios:PUBLICIDADEhttps://e3d18aef91942f2b4feb77617a4f1e07.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

— Com liberdade para exercer a própria verdade, sem precisar mascarar sua natureza, as pessoas rendem mais. Indivíduos com diferentes visões de mundo geram mais inteligência de negócio do que uma equipe formada por pessoas do mesmo perfil. O Brasil é um país rico em diversidade. Não apostar nisso seria um erro.

EVOLUINDO COM ENERGIA 

  • 1913 – Shell inicia atividades no Brasil, na Rua da Alfândega, centro do Rio de Janeiro
  • 1927 – A Shell abastece o 1º voo comercial do Brasil, no Rio Grande do Sul
  • 1957 – Durante a construção de Brasília, companhia inaugura o 1º posto de abastecimento na futura capital
  • 2003 – A Shell é a 1ª multinacional a produzir petróleo, com o início da operação em Bijupirá & Salema, na Bacia de Campos
  • 2011 –  Shell e Cosan criam a maior produtora de etanol do país, a Raízen, que também opera a rede de postos Shell
  • 2013 – No centenário da Shell Brasil, empresa integra consórcio vencedor do primeiro leilão do pré-sal
  • 2017 – Criação da Shell Energy Brasil, com foco na comercialização de energia elétrica
  • 2050 – Era baseada em energia renovável se consolidará no Grupo Shell com emissão  zero de carbono

O Globo

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